“A Diplomata é uma moça fina, que toma chá na sua varanda, ao som dos pássaros.” Mas como não nasci em berço inglês e o meu som é a Zabumba, meu café é forte e sem açúcar. Com isso, estão todos convidados a tomar uma boa xícara de café em uma longa conversa com, A Diplomata.

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sábado, 16 de julho de 2011

Uma Breve História da Educação para o Trânsito

Por: Alana Danielly Vasconcelos



Historicamente, a educação de trânsito surge com o objetivo de amenizar a violência do trânsito em conseqüência dos inúmeros acidentes de tráfego. As medidas legais tinham caráter normativo e educativo, mas não bastavam para evitar que fatos danosos acontecessem nas vias públicas. As primeiras referências sobre educação de trânsito, como disciplina, encontram-se nos Estados Unidos e são relacionadas com “driver education”. Tais referências aparecem na década de 20, já integradas ao currículo de algumas “high schools”, cujo objetivo desses programas era habilitar o indivíduo a dirigir veículos automotores e transmitir noções sobre a manutenção, funcionamento e conhecimento das leis de circulação viária .
O maior interesse na incorporação dessa disciplina ao currículo escolar, na década seguinte, era das companhias de seguro e da “American Automobile Association”, cujas preocupações, por um lado, voltavam-se para a venda de um maior número de veículos, e por outro, a manutenção preventiva, procurando-se com isso diminuir os gastos com indenizações.
Além da introdução da disciplina de trânsito em algumas escolas, ainda na década de 30, o governo americano, com o objetivo de diminuir os acidentes de trânsito, que estavam tornando o sistema viário perigoso, adota campanhas de educação pública, principalmente na cidade de Nova York, onde o índice de acidentes de veículos automotores estava aumentando freqüentemente.
Outro país a preocupar-se com o trânsito foi à Inglaterra. Os ingleses, como já foi citado, desde o início do surgimento dos primeiros veículos automotores, preocuparam-se em criar normas e adotar medidas que viessem a viabilizar a segurança do tráfego em suas cidades. Dentre as medidas saneadoras, estava à preocupação com estudos das vias de tráfego, voltados para a redução de acidentes, que cresciam à medida que aumentava o número de veículos em circulação.
Em termos de disciplinar o trânsito de pessoas e de veículos, utilizando-se dispositivos
legais, muitos países, principalmente os Estados Unidos da América e a Inglaterra, parecem ter sido os pioneiros, a partir do surgimento do automóvel motorizado. Acreditava-se na eficácia da lei para ordenar o tráfego e coibir os abusos praticados por pessoas quando dirigiam seus veículos. Vários dispositivos de segurança eram adotados, com o intuito de oferecer maior segurança ao condutor e ao pedestre. Portanto, até fins dos anos 50, a educação de trânsito estava vinculada às normas disciplinadoras, isto é, não havia programas educativos específicos que visassem ao preparo do indivíduo para a prática do trânsito de modo geral, incluindo pedestres e motoristas.
Os EUA, apesar de terem introduzido no currículo de algumas escolas programas educativos de matéria de trânsito, estes se destinavam a fornecer subsídios à prática de direção e à manutenção veicular. Enquanto isso, países europeus como a Suécia, procuraram desenvolver uma legislação rigorosa, visando responsabilizar os condutores de veículos pelos acidentes graves que viessem a cometer em virtude de inobservância das normas estabelecidas.
Os acidentes de trânsito começam a fazer parte das discussões técnica e política a partir de 1956. Esse tema foi colocado em pauta a partir do momento que o automóvel passa a integrar a vida das pessoas, principalmente nos Estados Unidos. Embora a utilização do automóvel fosse comum e os acidentes também fizessem parte da rotina da população americana, somente em fins da década de 60, é que o governo resolve tratar a questão da segurança viária em âmbito federal, através do “Departament of Transportation” que passa a estabelecer normas rígidas para a incorporação de fatores e dispositivos de segurança de veículos.
Mas, foi na década de 70, que um maior número de países começou a se preocupar com a questão da segurança viária, e passou a tratar o assunto de maneira técnica. Dentre esses países, os que trataram a questão viária como prioridade nacional, a partir daquela década, foram: a França, o Japão e a Austrália.
A França criou o Conselho Interministerial para a Segurança Viária em 1972, que tomou as
primeiras medidas para controlar as atividades viárias, cujo objetivo era tornar o sistema seguro para diminuir o número de acidentes de trânsito.
As medidas tomadas pelos diversos países desenvolvidos refletem momentos distintos de saturação do tráfego nas vias públicas e da violência, em virtude de grande número de acidentes de trânsito. Essas ações emergentes adotadas foram possíveis, a partir do momento em que o trânsito passou a ocupar espaço relevante na política nacional daqueles países.
Autoridades brasileiras, e mesmo a opinião pública, influenciadas pelos meios de comunicação, através da imprensa falada e escritas, têm se manifestado a respeito da educação de trânsito, procurando comparar nossos problemas de trânsito com as experiências vividas pelos países desenvolvidos, sem, no entanto considerar as diferenças sócio-culturais e os aspectos estruturais de cada sociedade.
Para comparar políticas e experiências dos países citados e de outros, com as do Brasil, sabe-se que é necessário: levar em conta o fato de diferentes abordagens da relação entre o indivíduo e o trânsito, e a sociedade. Enquanto, nos Estados Unidos, explica o autor, a
preocupação com a segurança está voltada para o uso do automóvel e a perícia de seus condutores, na Europa e no Japão, a preocupação se faz com o uso de equipamentos coletivos e alternativas de transportes de massa.

Referências
PINHEIRO, Geraldo de Faria Lemos. Código Nacional de Trânsito Comentado. São Paulo: Saraiva, 1967.
RABINOVICH, Salomão. Trânsito aguarda revolução cultural. Metrô News, São Paulo, 19 mar. 1992. Geral. p. 4.
SANTOS, Boaventura de Sousa. 1989. Introdução a uma Ciência Pós-moderna. Rio de
Janeiro, Graal ADORNO, Rubens de Camargo Ferreira. Educação em Saúde, Conjuntura Política e Violência no Trânsito: o caso da cidade de São Paulo. Dissertação (Mestrado em Saúde Pública) - Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, São Paulo, 1989.
ARAÚJO, Julieta. Educação de trânsito na escola. 1. ed. Florianópolis: D.N.E.R. - 16º Distrito Rodoviário Federal, 1977.

terça-feira, 12 de julho de 2011

A Tia Chata, por Major Paiva.


"Costumo comparar o trabalho de quem fiscaliza, limita ou controla o comportamento dos cidadãos com a imagem que o sobrinho (ainda criança) tem de uma Tia preocupada e responsável. O fato dela não permitir que coma doces antes das refeições, brinque na chuva, tome muito gelado, obrigando-o a fazer os deveres da escola, arrumar o quarto e etc. rendem a antipatia da criança, que na verdade, está sendo protegida, cuidada e preparada para o futuro. Quando cuidamos da sociedade, enquadramo-nos no esteriótipo da "Tia chata", pelo menos para os mais imaturos e sem visão, verdadeiras "crianças". Precisamos, realmente, ter muito cuidado para darmos sempre o melhor exemplo. Essas "crianças" nos espreitam com muita atenção, esperando qualquer deslize para tentarem nos desmoralizar, nos desautorizar e tentar mudar a nossa capacidade de cuidar deles. Porém não vamos desistir! Continuemos a nossa importante tarefa, mas, com cuidado para não "dar mole"..."

Major Paiva - Diretor de Trânsito - SMTT/Aju

domingo, 3 de julho de 2011

Seminário de Gestores Públicos Municipais

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Ocorrerá nos dias 21 e 22 de julho, na faculdade José Augusto Vieira - FJAV, em Lagarto/SE. Cujo enfoque será gestão empreendedora e planejamento público, tendo como público alvo profissionais e estudantes interessados no tema. As inscrições estão disponíveis no site www.fjav.com.br.