“A Diplomata é uma moça fina, que toma chá na sua varanda, ao som dos pássaros.” Mas como não nasci em berço inglês e o meu som é a Zabumba, meu café é forte e sem açúcar. Com isso, estão todos convidados a tomar uma boa xícara de café em uma longa conversa com, A Diplomata.

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quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Conversa Aberta, sobre meio ambiente

O que está acontecendo com o meio ambiente? De quem será a culpa? Como proceder?
Educar é prevenir! A educação ambiental é a resposta as necessidades que não estão sendo atendidas pela educação tradicional.



Nem sempre a educação capacita o cidadão. Esta deve vir da natureza do próprio homem e aí sim, ser aprimorada e despertada. A educação básica deveria incluir valores, conhecimentos, capacidades e responsabilidades entre as pessoas e o meio ambiente. Tais métodos facilitariam o convívio de uma sociedade atuante e consciente. Devido aos desgastes que o planeta vem sofrendo com a poluição, as queimadas e a retirada de recursos naturais de modo desordenado, é que se faz necessário uma atenção maior para a educação dos individuos.

As escolas precisam repassar uma nova educação, é preciso inserir um sistema educacional na sociedade, desde o ensino fundamental. Bem como, desenvolver novos conhecimentos, atitudes e habilidades, visando a melhoria da qualidade ambiental.

“Orientada para a resolução dos problemas do meio ambiente através de enfoques interdisciplinares e de uma participação ativa e responsável de cada indivíduo e da comunidade” Objetivos e principios identificados na Primeira Conferência Inter-governamental de Educação Ambiental (UNESCO-UNEP, 1978:24).

Nesta ocasião, foram definidos os objetivos da educação ambiental que compreendem:

1- o desenvolvimento de consciência e sensibilidade entre indivíduos e grupos sobre problemas locais e globais;
2- o aumento de conhecimentos que possibilitem uma maior compreensão sobre o ambiente e seus problemas associados;
3- mudanças de atitudes e valores que encorajem sentimentos de preocupação com o ambiente e motivem ações que o melhorem e o protejam;
4- o desenvolvimento de capacidades que possam ajudar indivíduos e grupos a identificarem e resolverem problemas ambientais;
5- a promoção de participação, que essencialmente significa envolvimento ativo em todos os níveis da proteção ambiental
(Czapski, 1998; Dias, 1993; Pedrini, 1998).


A base das discussões sobre o meio ambiente precisam unir o social com a necessidade local. Levar aos locais mais humildes, como projeto educacional, a capacidade de gerar renda a partir de serviços ligados a preservação ambiental, como por exemplo: A reciclagem e a produção de artesanatos a partir destes. É um exemplo comum, mas é preciso criar condições para isso. Empresas, associações ou até mesmo pequenos grupos, podem e devem tomar a iniciativa.

Segundo a doutora em educação ambiental e presidente do IPÊ - Instituto de Pesquisas Ecológicas, Suzana Pádua, nos países em desenvolvimento sempre houve uma preocupação maior de envolver o social ao ambiental, do que nos países desenvolvidos. Com certeza os contrastes que os países pobres enfrentam são mais acentuados, tendo maiores diferenças entre ricos e pobres, e entre áreas degradadas e em estado natural, que muitas vezes se tornam fontes de renda disponíveis para suprirem necessidades básicas.

O desenvolvimento sustentável, pode estar associado a busca de novos meios, nos quais a coletividade trabalha em prol de bens comuns. “O significado de educação ambiental varia da transmissão de conhecimentos com abordagens tecnicistas, a um processo de reflexão, cooperação, inclusão e fortalecimento comunitário, cujos objetivos visam benefícios coletivos.” Afirma Suzana.

No México, Esteva e Reyes (1998:36), descrevem o papel da educação ambiental na construção de uma sociedade sustentável por meio dos seguintes aspectos:

1- criar e fortalecer uma consciência ética que promova o respeito à vida humana e não humana e articule uma renovada visão do mundo, na qual prevaleçam valores que permitem uma relação harmônica e de longo prazo entre a humanidade e a natureza;
2- elevar o nível de compreensão entre os membros da sociedade sobre a complexidade e a gravidade dos problemas socioambientais de tal maneira, que estes não sejam menosprezados ou percebidos com fatalidade;
3- aportar elementos conceituais e práticos que permitam às sociedades regionais e aos indivíduos ampliarem seus níveis de participação política e social para formular propostas de desenvolvimento sustentável;
4- difundir conhecimentos e alternativas específicas que permitam a indivíduos e a coletividade assumir condutas e adotar tecnologias coerentes com o desenvolvimento sustentável;
5- contribuir para estreitar vínculos de solidariedade e respeito entre diversos grupos sociais, na busca da construção de justiça econômica e, a partir daí, reforçar os esforços que visem romper a relação entre pobreza e depredação ambiental.

Com essas bases conceituais, a educação ambiental facilita a criação de uma nova cultura ambiental, que os autores concluem estar intimamente ligada ao campo da ética, pois incorpora caminhos que incluem todos os seres, e aposta na transformação social com base em novos modelos de desenvolvimento. O que é importante notar é que educação ambiental é um conceito em construção, mas que evoluiu muito e hoje demonstra ser um campo maduro.


Matéria disponível no e-book: http://www.myebook.com/ebook_viewer.php?ebookId=62924

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