“A Diplomata é uma moça fina, que toma chá na sua varanda, ao som dos pássaros.” Mas como não nasci em berço inglês e o meu som é a Zabumba, meu café é forte e sem açúcar. Com isso, estão todos convidados a tomar uma boa xícara de café em uma longa conversa com, A Diplomata.

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segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Café e Prosa, com amigos.

Não resisti e fiz alguns questionamentos aos amigos do Twitter, sobre o assunto mais discutido atualmente nas redes sociais: Os radares, em Aracaju.
O texto a seguir envolve opiniões de amigos e conversas sobre o assunto.


Proporcionalidade e mudança nas medidas e na cultura, essa é a chave!” Luis Felipe Araújo


  • Como educar e preparar as pessoas para o entendimento das medidas punitivas?


     Todos precisam cumprir a lei, é necessário para a boa convivencia em sociedade. O processo educacional deve conscientizar, preparar e alertar as pessoas para a situação. Imaginemos que não houvesse fiscalização: As pessoas sentir-se-iam sem limites, sem um olhar do estado para o cumprimento das normas.



A verdade é que ninguém gosta de ser punido, mas todos adoram quebrar regras.” Henrique Sena, webdesigner da Ciclone Comunicação Visual.



    Os pardais são necessários, desde que acompanhados por medidas preventivas. Não adianta punir, tem que educar, através da inserção de disciplinas obrigatórias de cidadania e o conhecimento das leis nos níveis básicos de educação. No Brasil, por regra (Art. 3 da Lei de Introdução ao Código Civil), todos devem conhecer a lei. Quem não cumpre, não pode alegar que não a conhece.



Acredito que a SMTT deveria discutir com a sociedade e mostrar que são os engenheiros de trânsito de Aracaju.” Ricardo Marques, âncora do SETV 2ºedição.



      Não se é contra os 60km/h, apenas acha-se que em alguns trechos pode ser 80km/h, onde o trânsito que começa a ficar insuportável em Aracaju, fluiria melhor. Os radares estão lá não só para punir os que desrespeitam, mas também para dar segurança aos pedestres e aos demais motoristas. Imagine só a desorganização que seria se o nosso transito não aplicasse punições aos infratores? Seria uma bagunça. É fundamental na atual conjuntura os radares, porém é necessário melhoria no transporte coletivo e nos alternativos. Transporte coletivo com qualidade, requer a ousadia de fazer a licitação do transporte público, que é um dos grandes entraves.



Se a cidade ofertasse um bom transporte público para a população, certamente o trânsito seria melhor, pois muitos fariam uso deste.” Mendonça Prado, Deputado federal (DEM-SE)




     No caso do trânsito de Aracaju, dado o nível de formação dos motoristas, a medida punitiva é necessária, porém, não passa de medida paliativa. A cidade precisa reestruturar seu trânsito, através de estudos feitos por profissionais da área de engenharia de tráfego. Claro que isso também passa pela aprovação do Plano Diretor. Velocidade média de uma via depende do nº de veículos circulantes por unidade de tempo, essa realidade independe se a sinalização é 60/80. O direito de ir e vir em segurança é de todos.



O estado só pode punir o cidadão se antes o educar.” Luis Felipe Araújo, articulista e Co-Fundador do Jornal InformAção.



  • Quais métodos educativos, você acha que seriam perfeitos para essa situação?

     É um processo complicado pois passa pela cultura de um povo que não foi educado para o trânsito, passa até por educação familiar e também pelo papel do estado nessa educação. Se a família não educar, não será uma auto-escola ou a SMTT que educará. O principal papel é da família, educar quando o seu filho começa a frequentar o trânsito (pedestre ou motorista).
 


Primeiro os próprios componentes dos órgãos de trânsitos devem se educar, para depois discutir com a população e aí sim.” Junior Ribeiro, Vice-prefeito de Lagarto.




     Não há método perfeito. A sociedade terá sempre elementos incorrigíveis em um grupo de cidadãos. As medidas punitivas são necessárias em uma situação tendendo ao caos, como a nossa. Aumentar a fiscalização e tornar mais rigoroso e padronizado, o processo de reestruturação e reeducação do trânsito poderia render resultados. A punição é o pior dos ensinamentos, a educação no trânsito deve fazer parte do ensino de 1º Grau.



Temos que ter uma política que melhore o transporte coletivo, bem como, mais ciclovias.” Jefferson, Secretário estadual da Juventude do PT/SE.



      Métodos educacionais devem ser feitos na origem, no aprendizado do candidato ao uso da carteira de motorista. Se você permite que o condutor já saia com vícios da auto-escola, não há medida corretiva alguma capaz de trazer esse condutor às práticas corretas do trânsito regulamentar. Campanhas de conscientização devem ser intensificadas.



Num trânsito que mata e mutila impunemente, o debate está desfocado. O grave é a impunidade.” Antonio Samarone, Ex-secretário da SMTT.







Quero agradecer a todos os amigos, que participaram deste "Café e Prosa".
Em especial: George Lemos e Luis Felipe, que contribuíram não só com as opiniões, como também, com a estrutura do texto. Obrigada!

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