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segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Sessão Especial, sobre a situação da pediatria no setor privado.


Sessão de autoria do Vereador Elber Batalha, afim de discutir o atendimento da pediatria na rede privada de Saúde.

Estamos em uma situação onde nos deparamos com pais e mães aflitos, diante da possibilidade de verem seus filhos doentes, sem terem para onde correr a não ser a rede pública de atendimento, que hoje em Aracaju, dispoem de poucos leitos no hospital Santa Isabel que também passa por dificuldade, a ponto de anunciar que talvez, não poderá mais fazer esse tipo de atendimento. Então é de extrema preocupação essa situação e por isso foi promovido esse debate na CMA, no dia 06/12.

Estavam presentes, responsáveis por hospitais e planos de saúde, não para serem julgados, mas sobretudo a idéia de rever a questão com as partes envolvidas no problema e tentar achar uma solução, para que a população não continuem sendo prejudicada com o desenrolar desse problema.

A Promotora Euza Missano, ressaltou o lamentável episódio da dengue em 2008, onde o MP fez um trabalho, tentando juntar forças e parcerias, para que todos os hospitais mantivessem os serviços de pediatria em funcionamento porque havia naquela época uma infantilização da doença. E o MP conseguiu, com parceria de hospitais e operadores, formar um complexo de atendimento. Isso foi mantido até 2009, que foi onde chegamos ao ponto máximo, onde dois grandes hospitais que prestam serviços a sociedade sergipana, sofreram problemas na pediatria. Foram relatados os seguintes problemas: A dificuldade de fechar as suas escalas, e em especial reger as bases do seu negócio economico ao que define a pediatria.
Hoje nós não estamos com NENHUM hospital que possua UTI, para criança e adolescente, ou seja, se os consumidores que pagam por plano de saude, necessitarem de assistencia, eles terão que encaminhar-se para o HUSE, se houver vagas, porque só temos 8 leitos na UTI e o HUSE trabalha com vagas ZERO, porque atendem todo o estado e fora dele.
Teremos então o primeiro estado da federação, onde não possuiremos atendimento de emergencia hospitalar e nem UTI, a criança que tiver um quadro de agravamente, precisará ser mandada para fora do estado. O que nós vamos fazer com as crianças que pagam pelo plano de saúde, mas não pode usa-los, por isso, pedimos as operadores que comunique e pare de vender planos de saude as crianças e adolescente. Ou os planos voltam a cumprir o que diz a legislação, e começam a fazer os atendimentos, ou não será possível ir a frente dessa discussão.
"Terça vamos fazer uma reunião com o serviço público porque se pelo privado não resolver, teremos que ampliar pelo setor público", falou Euza.

Glória Pereira, representante da Sociedade sergipana de pediatria, fez um balanço do que vem acontecendo com relação ao serviço, seja no setor privado ou público. Tratando também do porque da pediatria não ser lucrativa, porque nós tentamos na medida do possível, fazendo toda a assitencia, com apenas o que o paciente precisa, não pedindo exames desnecessários e não invadindo o organismo, desnecessariamente. "Os serviços precisam ser garantidos para as crianças e até hoje nove hospitais deixaram de prestar o serviço pediátrico", salientou Glória.
Na opinião de Glória, o problema é grave porque poderá haver um colapso onde Sergipe poderá ficar sem serviço pediátrico, o que esta acontecendo agora. “Estamos cansados de ver crianças nos corredores, enternadas por dias, nos colos das mães por não termos leitos, sentadas em papelões por não termos poltronas, nos hospitais. Não foi para isso que nos tornamos pediatras. O problema atingiu a todos, a ricos e pobres. Espero que agora a situação seja resolvida", finalizou Glória.

A presidente do Movimento SOS criança, Karina Dummond, faz uso da palavra e ressalta a problemática da suspensão do serviço pediátrico. Esse movimento foi criado, a partir de um grupo de pais, que não estavam visualizando nas matérias, o lado das crianças. E preocupados com essa decisão, de justamente não termos o atendimento de urgencia e emergencia na rede particular. "Se o nossos filhos não geram procedimento, não dão lucro, e sendo assim, fechamos o setor pediátrico. ESTAMOS TRATANDO DE VIDAS! Acreditamos que com esse movimento, possamos sensibilizar o poder judiciário e reverter esse decisão, que para nós pais, é frustante." falou Karina
Foi destacado que, o problema atinge todas as classes e se tornou um problema de todos.
Somente o HUSE tem UTI pediátrica para atender todo estado e particular não oferece, porém, os planos cobram pelo serviço.

O representante da Defensoria Pública do Estado, Murilo de Souza, ressaltou que a partir do momento que a iniciativa privada decide prestar o serviço deve seguir exigências estabelidas por lei. "Vamos entrar com uma ação contra os planos de saúde que cobra por um serviço que não está sendo prestado", relata Murilo Souza, representante da Defensoria Pública do Estado.

2 comentários:

  1. Você leva muuito jeito pro Jornalismo. Direito, sei não...

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  2. kkkkkkkkkk
    Obrigada, o direito não vai impedir o jornalismo. rs
    Abraços.

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