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quinta-feira, 21 de outubro de 2010

CUT/SE DIVULGA RESOLUÇÃO SOBRE O 2º TURNO


Nesta terça-feira (19), a Central Única dos Trabalhadores divulgou a Resolução da entidade, com relação ao 2° turno das Eleições 2010. Discutido e votado pelos dirigentes da CUT/SE na tarde desta segunda-feira (18), o documento afirma o apoio da Central à candidata Dilma Rousseff (PT), além de fazer uma avaliação sobre o 1° turno das Eleições 2010, e uma análise do também candidato José Serra (PSDB).

Para a CUT/SE, chegado o 2° turno, a entidade reafirma seus princípios de central sindical marcada pela liberdade e autonomia sindical e pela defesa das bandeiras de luta da classe trabalhadora na construção de um país democrático, justo e igualitário.

De acordo com a Resolução, apesar dos limites, contradições e equívocos do governo Lula/Dilma, é inegável que este foi superior ao governo FHC/Serra, ao implementar políticas econômicas e sociais, aumentando a participação dos trabalhadores assalariados na força de trabalho e elevando o padrão de vida dos mais pobres. Isto é, para a Central Única dos Trabalhadores de Sergipe, Dilma Rousseff (PT) é a candidata que expressa a continuidade do processo de transformações em curso no Brasil, das quais a política de valorização do salário mínimo é uma das principais expressões, e tem sido essencial para o combate às desigualdades sociais e regionais.

Ainda segundo a Resolução, somente a mobilização da classe trabalhadora irá garantir a vitória da candidata no 2° turno. Outro aspecto dessa vitória seria a defesa de um projeto nacional de desenvolvimento sustentável, com valorização do trabalho, igualdade, distribuição de renda e inclusão social, e a concretização de um Estado democrático com caráter público e participação ativa da sociedade.

Confira abaixo a Resolução e a agenda de mobilização da CUT/SE na íntegra.

RESOLUÇÃO DA CUT/SE sobre o 2º turno: Votar Dilma 13 e assegurar que a direita não passará*

A CUT/SE empenhou-se na construção e defesa da Plataforma da Classe Trabalhadora para as Eleições 2010 na perspectiva de um projeto democrático e popular para nosso país que assegure desenvolvimento sustentável, com valorização do trabalho, igualdade e distribuição de renda.

O resultado do 1º Turno evidenciou que a classe dominante continua com forte influência no aparato estatal e que urge uma reforma política para, principalmente, combater o poder econômico nas eleições.

A candidatura de José Serra (PSDB- DEM) foi a principal porta-voz dos interesses da elite brasileira. Serra possui as credenciais para tal papel, pois na condição de deputado constituinte votou: a) contra o monopólio nacional de distribuição do petróleo, b) contra as garantias ao trabalhador de estabilidade no emprego; c) contra a redução da jornada de trabalho para 40 horas; d) contra implantação de comissão de fábrica nas indústrias; e) negou seu voto pelo direito de greve; f) negou seu voto pelo abono de férias de 1/3 do salário; g) negou seu voto pelo aviso prévio proporcional; h) negou seu voto pela estabilidade do dirigente sindical; i) negou seu voto para garantir 30 dias de aviso prévio; j) negou seu voto pela garantia do salário mínimo real (fonte: DIAP – “quem foi quem na constituinte”).

Soma-se a este currículo, ter sido ministro no Governo FHC de triste memória para o povo brasileiro por ser marcado: a) pela entrega das riquezas do país às empresas estrangeiras, através das privatizações; b) desemprego; c) arrocho salarial; d) degradação ambiental; e) repressão aos movimentos sociais; f) ataques aos direitos dos trabalhadores; g) precarização das políticas públicas.

Enquanto governador do Estado de São Paulo, aplicou fielmente a cartilha neoliberal de Estado mínimo para os pobres e máximo para os ricos: arrocho salarial, repressão aos movimentos sociais(vide os ataques policiais aos professores em greve e trabalhadores rurais), intensificou os pedágios nas rodovias, precarizou a saúde pública e outras políticas sociais.

A campanha Serra aglutinou o que há de mais atrasado e reacionário na sociedade brasileira (grande mídia, fundamentalistas religiosos de direita, grandes empresários e latifundiários e seus principais partidos: PSDB – DEM (ex-PFL)), com um caráter fascista, marcado por mentiras e preconceitos que só encontra similar no período pré-golpe militar em 1964.

Chegado o 2º Turno, a CUT-SE reafirma seus princípios de central sindical marcada pela liberdade e autonomia sindical e pela defesa das bandeiras de luta da classe trabalhadora na construção de um país democrático, justo e igualitário, enfim, socialista.

Neste sentido, não há como vacilar. Apesar dos limites, contradições e equívocos do governo Lula/Dilma, é inegável que este foi superior ao governo FHC/SERRA, ao implementar políticas econômicas e sociais aumentando a participação dos trabalhadores assalariados na força de trabalho e elevando o padrão de vida dos mais pobres, a exemplo de: a)valorização permanente do salário mínimo; b)geração de empregos formais; c)aumento dos investimentos em educação, através da ampliação da criação do FUNDEB, piso salarial dos professores e ampliação das vagas nas universidades públicas; d)política externa em defesa da soberania nacional e da integração da América Latina; e)ampliação de políticas de transferência de renda (bolsa família, expansão do crédito rural); f)redução das desigualdades regionais; g)interrupção das privatizações.

Por esta razão, fazemos um chamado aos companheiros(as) que apoiaram as candidaturas do PSTU, PSOL, PCB, PV para cerrarmos fileiras contra a direita de nosso país, pois entendemos equivocada a caracterização de que o segundo turno é a disputa entre a direita x direita, o que, para alguns, fundamenta a defesa do voto nulo. Ora, a abstenção é antagônica à política como prática de enfrentamento das contradições reais da sociedade, tal como se manifestam efetivamente, revelando um idealismo que ignora a realidade material da luta objetiva que se trava, neste momento, em nosso país.

Outros chegam a dizer que é melhor a suposta direita desnudada (candidatura Serra) do que a suposta direita travestida (candidatura Dilma), insinuando que o retorno da direita desnudada (Serra) levaria a mobilização dos trabalhadores, ou seja, quanto pior melhor. Ledo engano. Para nós “o pior é o pior em todos os sentidos” e quanto mais enfraquecida e atacada a classe trabalhadora, através das políticas neoliberais de um eventual governo SERRA, mais difícil será suas condições de mobilização e luta. Lembremos o ocorrido na Alemanha, na década de 30, quando a posição “quanto pior, melhor” facilitou a ascensão nazista. E não há dúvida de que José Serra, por sua campanha fascista, pelo seu governo no Estado de São Paulo e pelos 08 anos do Governo FHC tornou-se inimigo das bandeiras de luta da classe trabalhadora.

Então, ao passo que reafirmamos nossa defesa dos interesses imediatos e históricos da classe trabalhadora, bem como nossa autonomia frente ao governo eleito, conclamamos à militância sindical, a todos os movimentos sociais a cerrar fileiras para votar Dilma - 13 e assegurar que “a direita não passará”.

*No pasaran! (não passarão!), foi o lema dos partidários da Segunda República Espanhola (1931-1939) na luta contra a direita comandada pelo general Franco. Este célebre slogan está associado a Dolores Ibarrurí Gómez (1985 -1989), La Passionaria, pronunciado por ela quando Madrid estava cercado pelas tropas fascistas de Franco.

Agenda da CUT/SE: Votar Dilma 13 e “a direita não passará”

Quarta – 20/10

07 hs– Semáforo da Av. Maranhão com Av. Santa Gleide (rótula do Bugio)

17 hs– Semáforo da Av. Rio de Janeiro com Av. Tancredo Neves (DETRAN)

Quinta – 21/10

07 hs– Semáforo da Av. Rio de Janeiro com Av. Saneamento

17hs– Semáforo da Av. Beira Mar próximo a UNIT

Sexta - 22/10

07hs– Semáforo da Av. Beira Mar com Barão de Maruim

15hs- Ato com os movimentos Sociais: “A direita não passará”- Concentração da Bandeira até o Centro da Cidade. (A CONFIRMAR)

Sábado – 23/10

08hs- Panfletagem nos Mercados. Concentração: Gbarbosa do Mercado.

Domingo – 24/10

09 hs– Semáforo da rótula do Terminal da Atalaia.

Segunda- 25/10

07hs- Semáforo da Av. Tancredo Neves ( Em frente ao Hospital João Alves)

17hs- Semáforo da Av. Desembargador Maynard (Em frente ao posto Aperipê I)

18:30hs- Plenária no auditório da CUT-Sergipe para avaliação da campanha e definição da agenda da semana.

Terça – 26/10

16 hs– Panfletagem no Bairro 17 de março – Bairro Santa Maria.

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